quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Controladores aéreos militares vs deputada Custódia Fernandes (PS)


Ora aqui está uma deputada do PS ignorante, pouco observadora e totalmente fora da realidade do controlo de tráfego aéreo efectuado por militares e civis. Vou ainda deixar uma faixa audio com fragmentos da discussão na Comissão Parlamentar do Trabalho, Segurança Social e Administração Pública (CPTSSAP) e uma fotografia desta Comissão onde evidentemente se encontra a deputada.

3 comentários:

Anónimo disse...

O que aconteceu à faixa audio com alguns minutos que agora está reduzida a alguns segundos?
Até o link da ANS desapareceu, foi corrompido ou retirado...

"Eles andem aí???"

Não existe uma outra cópia?

Ainda hoje a ouvi com o link daqui e pude ouvir a senhora deputada(coitada da cidadã enquanto tal,velha com o 7 ano do liceu,ignorante e arrogante, escudada no estatuto "intocável" de deputado que a iliba de responsabilidades perante os tribunais)referir-se aos controladores militares como sargentos "coitados" e que tinham pouca formaçao porque certamente nao quizeram ter mais... Também a ouvi dizer que "só controlam avioes pequenos e a baixa altitude" e que os controladores militares Portugueses não tinham habilitaçoes para controlar avioes civis...

Camões PZ

Anónimo disse...

Exma. Sra. deputada Maria Custódia Barbosa Fernandes Costa
O discurso de Vossa Excelência em 9 de Dezembro de 2008 na votação em especialidade, na Comissão Parlamentar do Trabalho, explicando o porquê da não inclusão dos Controladores Aéreos Militares no Licenciamento Comunitário, é um hino.
Os profundos conhecimentos que Vossa Excelência revelou sobre Controlo de Tráfego Aéreo, nomeadamente o exercido pelos Militares e a qualidade dos seus serviços, a tipificação que fez tanto das categorias de aeronaves como dos espaços aéreos, seriam certamente merecedores de um melhor aproveitamento das suas qualidades e formação na área. Talvez quiçá, um acumular de funções enquanto deputada (se permitido por Lei) como conselheira de outras Instituições também elas importantes para Portugal (não tanto como o lugar no parlamento que Vossa Excelência ocupa, é certo) como sejam o INAC ou a NAV. Não só os conhecimentos revelados mas também as qualidades humanas de Vossa Excelência. A sua notável capacidade de fazer juízos de valor (função que já terá desempenhado no Tribunal de Menores, segundo a biografia de Vossa Excelência) sobre a formação dos Sargentos, o nível hierárquico da sua classe e as suas expectativas profissionais, bem como o risco que eles representam para a vida das pessoas enquanto Controladores de Tráfego Aéreo Militares. (que Vossa Excelência bem como o Estado Português, segundo as suas palavras, se sentem obrigados a preservar com muito cuidado).
As Habilitações Literárias de Vossa Excelência (Antigo 7.º Ano Liceal, Espanhol do Centro Cultural Espanhol, Inglês -Francês da Cambridge School e Dactilografia) são também elas dignas de registo e invejáveis, reveladoras de um forte ensejo de formação, com certeza! Também a sua curricular experiência sindical (Delegada Sindical e Vice-Presidente do Sitese) lhe terá favorecido ou facilitado a referência no discurso a comissões de trabalhadores e Sindicatos em causa alheia; os Militares. Militares esses, que como certamente Vossa Excelência sabe, são oficialmente (por Lei) representados pela sua hierarquia e Associações socioprofissionais que, não foram “vistos nem achados” em causa própria.
Vossa Excelência é certamente conhecedora profunda do Estatuto dos Deputados, com certeza e pelo menos do Artigo 10.º - Irresponsabilidade: “Os Deputados não respondem civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitirem no exercício das suas funções e por causa delas.” Não fora o conhecimento profundo desse artigo 10.º, Vossa Excelência não teria em sede solene, proferido tal discurso ignorante, mentiroso, ofensivo e enxovalhante, não tivera a protecção legal da qual certamente não abdicaria se os ofendidos se pudessem queixar em sede própria (Tribunais) como os demais cidadãos de plenos direitos. Vossa Excelência “de uma assentada só”, conseguiu ofender milhares de Sargentos de Portugal e algumas dezenas (duas centenas?) de Controladores de Tráfego Aéreo Militares no Activo, espelhados nos quais, com certeza, também se sentiram ofendidos todos os militares deste país (no Activo, Reserva ou Reforma, independentemente da classe e função, arma ou especialidade), pelo fácil e irreflectido uso das palavras feito por Vossa Excelência na qualidade de deputada…
Vossa Excelência, lembro-lhe o seu… discurso:
“Muito obrigada senhor Presidente, senhores deputados esta proposta de alteração tem de ser feita porque o esta… os controladores … militares que controlam apenas … tráfego aéreo militar … no aeroporto e fora do espaço aéreo controlado … e a baixa altitude com aeronaves pequenas não fazem outro trabalho os que estão no aeroporto porque … não tem formação para isso nem a quiseram ter com certeza porque … eles também tem uma patente baixa porque são … sargentos. … e por isso … se tivesse ouvido aqui não sei se o senhor deputado Jorge Machado ouviu aqui … comissão de trabalhadores, os sindicatos, as entidades … … o INAC por exemplo e todos eles estão de acordo com a proposta do Governo visto que percebem que os militares não … estão ainda capazes, neste país, de fazerem o trabalho que fazem os controladores aéreos civis. Porque, eles querem eu sei, querem controlar … o tráfego aéreo geral mas o tráfego aéreo geral não pode ser controlado pelos militares e por aquilo que eu acabei já de dizer. Por isso nós fazemos a proposta que está aqui, porque achamos que é a que o Estado Português deve apresentar e quanto a nós este Estado ou qualquer outro Estado, porque nós temos que preservar a vida das pessoas e os acidentes, e temos de ter bastante cuidado …”
http://www.supload.com/listen?s=ghFKp0
É um hino!
Vossa Excelência;
“(…)tráfego aéreo militar(…)” não é designação técnica nem tipológica de regras. Vossa Excelência queria ou deveria ter dito Tráfego Aéreo Operacional (quando não se rege pelas regras ICAO) que representa uma ínfima parte dos voos efectuados por aeronaves militares, mesmo quando trabalhando apenas localmente nas suas áreas próprias…
“(…)aeronaves pequenas(…)” não é tipologia nem caracterização do rasto aerodinâmico que define a separação a aplicar, por exemplo, entre aeronaves a descolar e a aterrar em sequência. Vossa Excelência queria ou deveria ter dito aeronaves ligeiras, se bem que no contexto da sua frase continuasse a ser mentira …
“(…)Sargentos(…)” não é patente. Vossa Excelência queria ou deveria ter dito Classe. Quanto a ser “(…)baixa(…)”, Vossa Excelência deveria ter dito hierarquicamente inferior porque baixeza não é virtude dos militares, poderá ser apanágio de outras funções e/ou cargos…
“(…)os militares(…)não estão ainda capazes, neste país, de fazerem o trabalho que fazem os controladores civis(…)”.Vossa Excelência queria ou deveria ter dito que não só são há muito capazes mas desde sempre, como já o provaram por diversas vezes (honrando e dignificando o nome de Portugal) não só todos os dias mas principalmente quando CONTROLARAM aviões civis no Euro 2004, que aterraram e parquearam em Aeródromos Militares, porque a insuficiência dos Aeroportos e Controlo civis, foi declarada pelos nossos próprios Governantes! E também quando SARGENTOS Controladores Portugueses fizeram formação e qualificação de Controladores CIVIS a pedido de organizações como a ISAF, NATO e autoridades nacionais do Afeganistão…
“(…)militares que controlam apenas … tráfego aéreo militar (…) fora do espaço aéreo controlado(…)”. Aqui Vossa Excelência excedeu-se na ignorância revelada sobre o tema. Saiba Vossa Excelência que nem os controladores Militares nem os civis, controlam fora de espaço aéreo controlado (como até facilmente um leigo deduz pela designação “não controlado”) porque nessa tipologia de espaço aéreo, os controladores podem sim prestar outros serviços que não o de Controlo, como seja o Serviço de Informação de voo.
“(…)preservar a vida das pessoas(…)”. É o “pão-nosso de cada dia” dos controladores, algo um pouco mais difícil e responsável que dizer baboseiras convictas no Parlamento! Vossa Excelência não sabe, nunca soube ou já esqueceu o ACIDENTE (sim acidente, porque houve danos materiais e 38 pessoas foram tratadas no Hospital) entre um TAP e um OMNI nos Açores… Leia o relatório FINAL disponível na Internet (não se fique pelas notícias em cima da hora, que passaram nas TVs). O Controlo Militar (Sargento, muito provavelmente) não cometeu uma única falha, antecipou e ordenou a manobra evasiva e todos os erros foram apontados a outras entidades que não interessa referir. Já tinha acontecido anos antes, também nos Açores e também com Controlador Sargento que “guiou” por radar durante dezenas de milhas um avião CIVIL, com passageiros e sem combustível, também sem erros por parte do Controlo (e até posterior louvor acanhado) e erros apontados por relatório final a outras entidades…

RESPONSABILIDADES:
Vossa Excelência, dados os profundos conhecimentos revelados quer sobre a Instituição Militar quer sobre Tráfego Aéreo, certamente lhe será fácil confirmar a veracidade e o impacto da proposta de alteração (aprovada) a que Vossa Excelência deu voz. Não fora suficiente o espírito; negar aos Militares a equivalência Comunitária e a legalidade do controlo de aeronaves civis (tráfego geral, nas suas palavras …), Vossa Excelência esclareceu o espírito do que se traduzirá legal e praticamente nos pontos seguintes:
1- A promulgação do documento aprovado pelos senhores deputados, aplica-se aos serviços de Tráfego Aéreo Militares uma vez que as aeronaves militares e o controlo praticado, se regem pelas normas e legislação ICAO, da qual Portugal é subscritor. Os pontuais e ocasionais desvios (Tráfego Aéreo Operacional - TAO) fazem pela sua reduzida aplicação, que só possam ser considerados como excepções à regra da Legislação ICAO, seguida e ministrada tanto aos Controladores como aos Pilotos Militares.
2- Todos os Controladores Militares que controlem aeronaves civis, ocorrerão em contra-ordenação muito grave, pelo facto de exercerem sem a respectiva licença (equiparação negada pelo documento em causa). O que certamente não será feito de ânimo leve (controlar aeronaves civis), pois será a prática consciente, logo voluntária e culposa de uma actividade tipificada como ilícita.
3- Os Militares enquanto tal, só se podem negar ao cumprimento de ordens das quais resultem crime. Assim sendo (como o documento em causa apenas prevê contra-ordenações), desde que exista ordem clara e inequívoca (escrita e assinada pelas Chefias hierárquicas) não se poderão negar a controlar aeronaves civis (desde que a tal sejam obrigados) pois a responsabilidade dos seus actos, passará automaticamente para os seus Comandos.
4- Do mesmo modo, as Chefias que derem tais ordens e assumirem assim a consequente responsabilidade (controlo de aeronaves civis por Controladores Militares não habilitados) não poderão negar ou de qualquer modo impedir a prestação desse serviço com responsabilidade e profissionalismo, baseados no rigor dos ensinamentos ministrados e aprendizagem da legislação ICAO na Instituição Militar.
Parece a Vossa Excelência, confuso, este último ponto? É simples; A prestação dos Serviços de Tráfego Aéreo seguindo a Legislação internacional ICAO (em especial o serviço de Controlo de Tráfego Aéreo) obriga a que o prestador do serviço (Controlador) informe e avise com clareza e necessária antecedência, as aeronaves de todo e qualquer factor que possa fazer perigar a sua actividade… A prática voluntária de uma contra-ordenação grave por parte do controlador, deverá então ser a primeira informação a transmitir a todas as aeronaves civis antes de entrarem em espaço aéreo controlado por Militares não habilitados!
“Be advised to expect ONLY , NON qualified Air Traffic Services upon entering this Area. If you request to do so, your flight will be at your own responsibility. Report your intentions, acknowledge.”
Claro que após um registo destes, tanto nas gravações do órgão prestador do serviço (obrigatório) como na aeronave (facultativo dependendo da sua tipologia) o piloto da aeronave civil só terá uma opção tendo em conta que toda e qualquer companhia de seguros se ilibará automaticamente de responsabilidades em caso de incidente ou acidente…

COSEQUENCIAS:
Entre outras, as aeronaves civis não mais poderão sobrevoar, treinar e muito menos aterrar ou descolar em Áreas Militares! Todo o esforço de décadas com vista à partilha do espaço aéreo, efectuado e facultado com base na cedência gratuita de Serviços, pelas Entidades militares, terá sido em vão. Passarão muitas outras décadas, até que sejam formados e qualificados em quantidade e qualidade suficiente, os futuros Controladores civis colocados e a exercer o controlo das aeronaves militares nas suas próprias Áreas (implicará não só a formação ICAO mas também a que tem em conta a especificidade das aeronaves Militares no que refere às suas características, performances e treino).
Em caso de incidente ou acidente com aeronaves civis sob controlo de Controladores (não habilitados) Militares, independentemente do resultado do Relatório Final da Investigação, o Estado Português terá graves problemas legais com diversas Entidades. Os referidos problemas terão como resultado severas e múltiplas condenações do Estado em instâncias internacionais. Multas pesadíssimas e elevadas para a o estatuto da nossa economia e uma vergonhosa imagem publicitária de um Portugal em que a legislação é feita e aprovada “em cima do joelho”.
Vossa Excelência e os restantes senhores deputados que votaram o documento, entrarão na História…

Vossa Excelência, senhora deputada;
Tem razão quando diz ”nós”, vós (deputados) e este Estado (Portugal) “temos de ter bastante cuidado”, razão absoluta lhe seja dada, não por que seja temível a qualidade do serviço prestado pelos Controladores Militares. Sim, devem ter os deputados bastante cuidado nas mentiras que contam de forma oficial e em local solene, cuidado na ignorância e na ofensa infundada e barata, escudada num estatuto que lhes permite a mesma “irresponsabilidade” consentida por “carta branca” nos hospícios a quem de direito, mas a estes outros por padecerem de outros males que não a arrogância e “barriga cheia”… de nada.
No dia 15 de Novembro de 2006, defendeu a sua tese de Doutoramento intitulada Sociedade Civil e poder político em Portugal, na Universidade de Navarra, doutorou-se na passagem da fasquia dos 70 anos de idade. Sua Excelência, Doutor, General e ex-Presidente da República Ramalho Eanes é orgulho dos Militares, um exemplo a seguir e um marco histórico de Portugal, uma prova que a idade não é um obstáculo nem uma limitação das capacidades intelectuais. Estudou quando já não necessitava, sentou-se para ser avaliado e fez um trabalho dedicado aos portugueses e a Portugal, a quem deseja “um futuro de feliz e responsável liberdade, de realizante cidadania”. O General António Ramalho Eanes, Justificou a sua tese, não foi um doutoramento honorífico… São encorajadoras as suas palavras e apelo proferido recentemente num colóquio sobre o 25 de Abril, em Grândola. O ex-Presidente da República Ramalho Eanes pediu aos portugueses para serem "mais exigentes" com os Governos. "Cabe a nós impor regras, exigir condutas e, quando necessário, substituir os governantes. Temos os governos e os partidos que merecemos, temos os sistemas de saúde e educação que merecemos, porque somos responsáveis pela nossa sociedade".

Vossa Excelência, senhora deputada;
Não espere pela decisão dos votos, se a sua idade (também na fasquia dos 70) só já lhe permite uma visão turva e distorcida da realidade, faça-se substituir. Não embarace mais o parlamento e os deputados, não envergonhe os colegas nem o estatuto. O seu discurso foi um péssimo serviço prestado ao País. Antes disso, na sua ainda qualidade de deputada, tenha um gesto de compaixão por si própria, não queira ficar na memória colectiva por esses tristes 2 minutos (gravados http://www.supload.com/listen?s=ghFKp0 ) do referido, tudo o que tenha feito até então, não fará História. Peça formalmente desculpa pelos canais oficiais e públicos, aos Controladores Aéreos Militares e muito em especial, aos Sargentos de Portugal!
Os Controladores de Tráfego Aéreo Militares não querem controlar aviões civis (contrariamente ao que Vossa Excelência pensa) já o fazem e sempre o fizeram, são fáceis de trabalhar! Os Controladores de Tráfego Aéreo Militares não precisam da equiparação Comunitária; a grande maioria estará velha de mais para tentar outra carreira fora da Força Aérea (de que certamente se orgulham), estarão desgastados por uma das mais difíceis profissões do Mundo, desgastados pelo stress de controlar aviões (grandes e pequenos, a baixa e alta altitude, alta demais para tráfego civil…) muitos deles mais rápidos que a velocidade do som (coisa raríssima em tráfego civil…), aviões cuja aceleração, razão de subida e descida lhe fariam perder os sentidos ou até a vida… Os Controladores de Tráfego Aéreo Militares só querem ser respeitados e reconhecidos como excelentes e dedicados profissionais que são, até por “irresponsáveis” (Artigo 10.º do estatuto) deputados.
Vossa Excelência, senhora deputada;
Espero sinceramente que este texto lhe chegue às mãos, talvez seja multiplicado e difundido, talvez alguém faça o favor de lho levar. Peço-lhe desculpa por não fazer a entrega pessoalmente mas, como certamente sabe, no Portugal de hoje as pessoas que lutam pela verdade e dignidade são perseguidas …

Respeitosamente,
Uma pessoa de bem, ofendida por Vossa Excelência no uso e abuso das suas funções. Militar, ex-Militar, ou talvez não. Controlador Aéreo, ex-Controlador Aéreo, ou talvez não. Sargento, ex-Sargento, ou talvez não. A verdade dos factos indesmentíveis e evidentes não carece de assinatura.

29 de Abril de 2009

Anónimo disse...

Por amor de DEUS... coitada... penso que juntando a voz à fotografia as únicas palavras que me lembro são: ATRASADA MENTAL...

Ass.
Controlador de Jactos hehehehe